É pelo menos o que diz um estudo da Universidade Lakehead, situada no Canadá. A equipa de investigadores responsável por estas conclusões pegou em trabalhos anteriores, melhoraram a investigação e descobriram que a ansiedade, a preocupação e a inteligência estão relacionados.
Uma equipa de investigadores da universidade Lakehead, em Ontário (Canadá) descobriram uma relação positiva entre distúrbios de ansiedade, preocupação e inteligência. Depois de entrevistarem mais de 100 estudantes – a maioria mulheres (77%) – e avaliarem o humor, a inteligência e a tendência de cada um deles para ficar a pensar durante muito tempo nas coisas, chegaram à conclusão que quem evidenciou níveis mais altos de depressão, de ansiedade e de preocupação também apresentou os melhores resultados nos testes de inteligência, especialmente a verbal.
Quer isto dizer que a capacidade de falar, ler, escrever e raciocinar – segundo as escalas Cognitive Test Anxiety e Wechsler Adult Intelligence – estará relacionada com a preocupação. Por seu lado, quem se evidenciou na inteligência não-verbal, tem tendência a viver mais o momento e a preocupar-se menos.
Em jeito de explicação, os investigadores alegam que as pessoas mais inteligentes ao nível verbal são “atormentadas” pela sua memória detalhada, e por isso costumam passar mais tempo a ligar eventos passados e futuros. No fundo, a preocupar-se mais.
[Foto: Adalberto Gonzaga Filho @ Flickr]