A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) lançou a rede HERTECH, com o objetivo de partilhar experiências e conhecimento entre atuais, antigas e futuras estudantes da área.
O projeto pretende minimizar as desigualdades de género que existem na maioria dos cursos de engenharia, esclarecendo as estudantes do Ensino Secundário sobre as áreas de engenharia e tecnologia e sensibilizar a comunidade, promovendo dinâmicas com escolas secundárias, palestras com casos de sucesso, formações, listas de contactos e de ofertas de emprego, um programa de mentorias/tutorias e ações de voluntariado.
A HERTECH, foi fundada por Carolina Pereira, aluna de Engenharia Têxtil, e Filomena Soares, professora do Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho, é uma Rede de Network Feminino da EEUM está sediada no campus de Azurém.
“Queremos quebrar o estigma da presença das mulheres na área tecnológica, aumentar o seu número através da elucidação das estudantes do 3º ciclo e ensino secundário, bem como partilhar, entre mulheres de diversas idades e áreas, novas perspetivas sobre as múltiplas vertentes da engenharia”, explicam as fundadoras.
O número de mulheres estudantes na EEUM subiu de 23% para 28% do total, segundo um estudo coordenado pela professora Isabel Ramos. No último ano letivo, 30% dos 4500 alunos de licenciatura e mestrado integrado da EEUM eram mulheres e apenas quatro dos 14 cursos tinham predominância feminina – Design de Moda (93%), Engenharia Biológica (79%), Engenharia Biomédica (64%) e Engenharia Têxtil (55%). O domínio masculino notou-se mais em Engenharia Eletrónica Industrial e de Computadores (92%), Engenharia Mecânica e Engenharia Informática (ambos com 87%).