Lisboa juntou-se a 94 cidades de todo o mundo, que se reuniram em Copenhaga (Dinamarca) na passada quarta-feira, para declarar a emergência climática global e comprometerem-se a tomar medidas para reduzir as emissões poluentes na próxima década.
O nome deste evento foi Fórum Mundial de Autarcas C40 (aliança de cidades contra as alterações climáticas) e propós ser um evento em que os presidentes de câmara assinaram um “Pacto Verde Global” que tem como objectivo limitar o aquecimento do planeta a 1,5 graus.
Os lideres comprometeram-se a reduzir ou eliminar as emissões de gases na indústria, no sector dos transportes, nos edifícios e no tratamento de resíduos até 2030.
Responsabilizam-se também em “colocar a acção climática inclusiva no centro de toda a tomada de decisão a nível urbano”, reconhecendo que os efeitos das alterações do clima se farão sentir sobretudo junto das classes mais pobres.
Também durante este evento internacional foi nomeado como presidente desta aliança ambiental o presidente da câmara municipal de Los Angeles, Eric Garcetti uma escolha com grande significado político.
Além das autarquias, o “Pacto Verde Global” é ainda assinado por empresas, ONG e sindicatos, como a Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF).
Copenhaga, anfitriã deste encontro planeia tornar-se a primeira cidade neutra em emissões de dióxido de carbono do mundo. Com um plano organizado para o fazer até 2025, reduzindo os consumos de energia, recorrendo exclusivamente a fontes de energia renováveis e promovendo o transporte público, a bicicleta e a caminhada como formas preferenciais de deslocação dentro da cidade.
No caso de Lisboa, Fernando Medina, anunciou recentemente que quer reduzir as deslocações urbanas em automóvel para 34% até 2030.
A câmara de Lisboa garante que a capital portuguesa atingiu o pico de emissões em 2009 tendo vindo a melhorar desde então. Tal como Copenhaga a capital portuguesa aponta para a neutralidade carbónica em 2050 contudo, é de se notar as enormes diferenças culturais e geográficas que não permitem que o avanço nesta matéria seja tão fácil em Portugal como em países como a Dinamarca.
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