Um problema na plataforma informática que trata do processo de atribuição dos apoios sociais esteve na origem destes atrasos – agora, há que aguardar.
Estamos a pouco menos de quatro semanas do final do primeiro semestre para os alunos do Ensino Superior. Ainda assim, há mais de 60 mil estudantes que ainda não sabem se vão ou não ter direito a bolsa de estudo.
O processo de atribuição dos apoios sociais aos alunos com rendimentos mais baixos está mais lento. Embora o problema informático já tenha sido ultrapassado, a análise das candidaturas acabou por atrasar. De acordo com dados do jornal Público, o número de bolsas atribuídas está 30% abaixo do registado em igual período do ano passado.
Até agora, são 26 994 os alunos que têm a garantia de que vão receber bolsa de estudo da Acção Social. Entre estes, apenas 22 mil receberam os primeiros pagamentos até ao final do mês passado. Comparativamente a 2017, há neste momento menos 11 105 bolsas aprovadas.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) disse ao Público que o processo se encontra na fase do “período normal de análise de processos”. Ainda assim, os dados disponibilizados publicamente pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) não corroboram esta afirmação: apontam que há 18.300 candidaturas cuja análise está parada por falta de dados (informação académica dos alunos ou dados tributários relativos ao agregado familiar, por exemplo) – no total, mais 2000 do que na mesma altura do ano letivo 2017/18.
Os rendimentos do agregado familiar têm influência na quantia da bolsa. O montante mínimo é equivalente à propina praticada na instituição que o estudante frequenta (o valor mínimo da propina é de 75 euros mensais). Em casos onde existem carências graves, o estudante pode receber até 1286 mensais.
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