É uma das conclusões de um estudo da rede Universia e da comunidade de emprego Trabalhando.com, que procurou apurar quais as profissões onde os jovens veem maior futuro.
635 estudantes portugueses, de um total de 4621 inquiridos, ajudaram a traçar as escolhas feitas atualmente pelos jovens no que às áreas de formação superior diz respeito. 27% referiu que o seu curso se integra na área das Ciências Exatas, seguidos pelos 25% que se encontram a frequentar um curso na área de Gestão e Administração de Empresas. Seguem-se as Ciências Sociais, que representam 18% dos inquiridos, e o Desporto com 14%.
Registaram-se ainda 9% de respostas de jovens que se encontravam a frequentar, ou que já tinham frequentado, um curso na área da Saúde; e 6% na área das Artes e Humanidades.
Um dos dados mais interessantes é a crença no acerto da sua decisão. 75% dos jovens portugueses acredita que a profissão que escolheram seguir será bem valorada nos próximos dez anos. A nível global, a percentagem é semelhante: 78%.
Quando questionados sobre quais as carreiras que acreditam ter mais futuro, os portugueses mantiveram-se alinhados com grande parte dos jovens dos outros países. O destaque vai para as chamadas profissões de STEM (Ciência, Tecnologia, Matemáticas e Engenharias, na sigla em inglês), sobretudo as áreas de tecnologia como: Mobile Developer (8%); Digital Marketing Manager, Desenvolvimento de Software, Responsável de SEO e Robótica, todos eles com 7%; Programador Web 2.0, com 6%; Enfermeiro e Desenvolvimento de Software com 5%; Auditor Web, Consultor, Gastronomia e Alta Cozinha, Engenheiro Eletrotécnico, Matemáticas com 4%.
Perante a pergunta “Estudaste, estudas ou prevês estudar uma destas disciplinas?”, 57% dos jovens portugueses assegurou que a sua carreira faz parte das chamadas ”profissões STEM”, em alinhamento com os seus pares ibero-americanos (55%).
E relativamente aos fatores que foram tidos em conta para a eleição da área de estudo, em alinhamento com o inquérito anterior, 73% teve em conta as necessidades do mercado de trabalho, valor que desce consideravelmente a nível global para os 30%. Seguem-se 20% que referem o interesse pela área de conhecimento – valor que a nível global sobe para os 58% – e as possibilidades económicas, que pesaram na escolha do curso para 7% dos portugueses que participaram nesta sondagem. A decisão familiar apenas foi relevante para 1% dos portugueses.
Bernardo Sá Nogueira é Diretor-Geral do Universia e da comunidade Trabalhando em Portugal, e é da opinião que estes dados vêm revelar que “os estudantes, no caso de Portugal, estão muito preocupados com o seu futuro profissional, mas estão animados face ao mesmo, o que revela uma maior autoestima dos nossos jovens, o que já de si é extremamente positivo”.