Depois do lançamento do seu primeiro disco, “!”, Claúdia prepara o lançamento de um segundo álbum. Entre estes dois álbuns, muitos singles foram lançados e muitas aprendizagens foram e continuarão a ser feitas. O que é certo é que faça o que fizer, ninguém lhe consegue ficar indiferente e nós não somos exceção, por isso demos uns dedinhos de conversa com a Claúdia!
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Claúdia, participaste em vários concursos de televisão, venceste, em dueto, com a Isaura, a edição de 2018 do Festival da Canção. Fizeste parte de uma banda de jazz, os Morhua, em 2020 lanças o teu primeiro álbum “!”, depois de teres publicado vários singles. O que é aprendeste sobre ti própria nestes últimos anos, com experiências musicais tão diferentes e versáteis?
Sinto-me orgulhosa deste pequeno percurso, porque felizmente tive a oportunidade e liberdade de explorar a minha evolução pessoal e sempre acompanhada por artistas e profissionais acima da média. É como estar na faculdade para todo o sempre! É isto que adoro fazer: estudar, perceber como tudo funciona e perceber como fazer o que ainda não foi feito.
Certamente que a participação na Eurovisão te deu uma maior exposição mediática e foi uma oportunidade de mostrares ao público o teu talento. Como é que a experiência de participar na Eurovisão influenciou o teu percurso?
Com esta experiência tive a oportunidade de conhecer artistas que admiro e que agora tenho a sorte de trabalhar e também encontrei a minha casa na Universal Music, que me dão todos os dias motivação para criar.
Foste vocalista dos Morhua, uma banda de jazz que terminou em 2018. O que retiras desta experiência em grupo, para a tua carreira agora a solo?
Qualquer projeto está aliado à evolução e aprendizagem. Com este projeto e com todos os outros antes deste, teve esse resultado, exploração musical, muito calo e muitas histórias incríveis com artistas que chamo “amigos”.
Do jazz passaste para um estilo pop, porquê esta mudança de género?
Não acredito imenso nessa coisa de categorizar géneros. Tudo o que fiz é a minha tradução da pessoa que sou ou era na altura que criei. Seja ela de que género for. Faço o que me faz sentido e sempre o que me traduz melhor.
Escolheste um caminho a solo, mas não sozinha. Para o álbum “!” convidaste o David Fonseca, o Samuel Úria, a Joana Espadinha, entre outros, a cantarem contigo, como é que descreves a experiência de trabalhar com estes artistas?
Inacreditável! Sem dúvida que foi uma decisão fulcral para estar onde estou hoje. Estes artistas estiveram lá para mim, contribuíram para o meu primeiro passo enquanto artista, e isso foi muito importante para eu acreditar no meu trabalho e não desistir. Vou sempre continuar a trabalhar com pessoas que admiro, é o que me dá força!
Nestas participações há músicas que são criadas por ti, outras não, mas digamos que qualquer canção que cantes, nota-se inevitavelmente que passou por ti. Conta-nos como é o teu processo criativo e como “adaptas” as canções/ letras de outros artistas ao teu estilo tão singular?
Neste primeiro álbum o processo de criação foi lado a lado com o Tiago Bettencourt. Ele teve imensa paciência, porque me deu o tempo e espaço que eu precisava para perceber quem eu era enquanto artista musical. Deu-me a força para acreditar nas minhas letras e canções e felizmente agora, posso dizer que vou lançar um novo álbum só com canções minhas. É um processo muito desafiante, que pessoalmente, me leva muito tempo a fazer, mas que me faz sentir uma pessoa bastante concretizada.
Às vezes as coisas mais simples são as mais complexas de criar e fazer acontecer… A primeira vez que ouvi a música: “Música De Um Acorde” surgiu-me uma questão: “Como é que alguém se lembra de algo tão simples e o transforma em algo tão viciante e contagiante?” Esta é uma canção super peculiar. Como é que surgiu? Porque é esta a música que fecha o disco?
Esta canção surgiu nos longos dias do The Voice. Era quase um mantra de união entre os concorrentes do programa. Íamos no autocarro até ao estúdio de manhã a cantar isto em loop. Para mim esta canção representa a união, a igualdade, o sentimento que estamos todos a começar e a lutar por uma carreira, mas acima de tudo representa o início! E tal como a letra desta canção, esta luta e esta procura de ser melhor é um loop que nunca acaba.
A indústria musical, muitas vezes, baliza e coloca “Limites” numa coisa que deveria ser livre e original, mas tu tens o teu estilo próprio e qualquer coisa que faças deixas a tua marca. Sentiste ou sentes que é uma luta manteres-te fiel a ti própria?
Felizmente não sinto essa luta. Tenho uma equipa que me dá bastante liberdade e que me deixa explorar tudo o que quero. Por isso, é continuar a fazer o que me faz sentido.
Da música, passamos para a escrita, lançaste o livro Login sobre o uso das redes sociais e o que há de positivo nelas. Como é que surgiu este desafio?
Foi-me desafiado pela Betweien fazer esta parceria com eles. Não só dei a minha opinião pessoal sobre o consumo das redes sociais, como também escrevi três canções inspiradas nos contos criados pelos co-autores da Betweien. Estou super contente com o resultado final e a parte que estou mais a adorar é apresentar este livro às escolas e comunicar diretamente com quem está a assistir.
Qual foi o feedback do público a este livro? O que esperas alcançar com esta publicação?
Até agora teve um feedback positivo. Gosto mesmo muito de ter uma comunicação direta com o público, e a apresentação deste livro dá-me esse privilégio. Adoro conhecer pessoal do norte a sul do país e espero fazê-lo por muito tempo.
Em três palavras, como é que te caracterizas ouvindo apenas as tuas músicas e o teu disco?
Colorido, berdadeiro e BIROU!
Nos próximos meses podemos esperar novidades? O que tens preparado para os próximos tempos?
Vou lançar muito brevemente um novo single, e até o próximo ano vou lançar muitos mais, incluindo um novo disco. Estou super orgulhosa e contente com este novo trabalho, que estou a fazer ao lado do David Fonseca, e estou super ansiosa por apresentá-lo em muitas salas deste país.