Está a decorrer a fase de candidaturas para o concurso Novos Talentos FNAC. O desafio é lançado aos apaixonados por cinema, escrita, fotografia, ilustração e música estende-se, nesta nova edição, aos aficionados por videojogos. A participação está aberta a todos os residentes em Portugal com 18 anos ou mais.
A Mais Superior entrevistou uma fonte FNAC para saber mais sobre este concurso. Se ainda não te inscreveste, vais a tempo!
As inscrições são gratuitas e decorrem através do site oficial dos Novos Talentos FNAC, até 30 de abril 2021. Inscreve-te aqui.
Os vencedores serão anunciados na cerimónia de entrega de prémios, em Junho de 2021.
Vencedores de edições anteriores
ILUSTRAÇÃO | Eva Evita
Ter ganho este prémio permitiu-me continuar a desenvolver novos trabalhos nesta área e ter mais visibilidade.
Participar neste concurso é uma porta aberta para mostrar o nosso trabalho, e ter oportunidade de o revelar a tão prestigiados júris ilustradores de renome mundial.
MÚSICA | Pedro Castilho
1. Que aprendizagens retiras desta experiência?
Que vale sempre a pena participar e acreditar na música que fazemos.
2. Quais foram as oportunidades que este evento criou na tua vida?
Este evento,para além da visibilidade que me trouxe, deu-me a possibilidade de tocar pela primeira vez no Coliseu dos Recreios, no FNAC Live, o que foi uma experiência inesquecível.
Por outro lado, com o prémio acabei a mistura e masterização das canções que restavam do meu disco de estreia, que sairá finalmente este ano, e também aproveitei para promover o meu último single Numbers.
3. Porque é que uma pessoa se deve candidatar aos Novos Talentos FNAC 2021?
Porque é uma boa forma de eventualmente dar a conhecer o trabalho que se faz a mais gente e, tendo em conta as possibilidades e apoios que este concurso oferece, considero-o importante para os artistas emergentes conseguirem ser, de certa maneira, catapultados numa fase crucial da carreira.
VIDEOJOGOS | Inês Ribeiro e Carlos Pedroso
1. Que aprendizagens retiras desta experiência?
Como recém-licenciados numa indústria muito recente em que as oportunidades ainda são escassas, termos sido vencedores validou-nos como futuros profissionais na área.
Investimos muito neste projeto e a possibilidade de termos concorrido e atingido este resultado deu-nos destaque e incentivo. Sentimos que o nosso esforço foi recompensado e com isto, queremos continuar a dar o nosso melhor.
2. Quais foram as oportunidades que este evento criou na tua vida?
Ganhar os Novos Talentos Fnac 2020 Videojogos deu-nos visibilidade nos nossos meios sociais e profissionais. Com isto, o nosso jogo tem obtido mais jogadores e feedback. Tivemos até a oportunidade de dar uma entrevista para uma rádio e vários artigos foram publicados em jornais e sites de notícias.
3. Porque é que uma pessoa se deve candidatar aos Novos Talentos Fnac 2021?
Sendo que a indústria do ramo criativo é muito competitiva, os Novos Talentos Fnac são uma oportunidade fantástica para um artista se destacar e mostrar o seu trabalho.
Nós sentimos que é muito importante agarrar todas estas oportunidades e este concurso pode ser uma excelente rampa de lançamento para pessoas que querem dar a conhecer os seus projetos!
Membros do Júri
FOTOGRAFIA | Mário Cruz
1. Enquanto jurado que competências mais valorizas nos candidatos?
O sentido autoral, a ligação ao que fotografam e o que conseguem transmitir com o trabalho que produzem.
2. Quais são as maiores dificuldades sentidas pelos candidatos?
É frequente a falta de coerência e originalidade. A edição é um dos pontos críticos e daí ser importante partilhar o projeto com outras pessoas antes de enviarem as candidaturas.
3. Qual é a maior dificuldade que sentes no papel de jurado?
Refletir sobre, não só o que estamos a premiar, mas o que estamos a dizer ao premiar um determinado projeto. Num prémio como o Novo Talento FNAC é quase uma questão de identidade que está permanentemente a ser construída, em constante evolução, tal como a fotografia. O projeto Novos Talentos FNAC tem o valor de mostrar a riqueza da fotografia portuguesa ao longo do tempo.
4. Qual a importância destes eventos para a cultura portuguesa especialmente este ano?
É, de facto, particularmente importante os Novos Talentos terem visibilidade este ano. Foi um ano em que a cultura enfrentou grandes dificuldades e desafios. Sinto que, apesar do distanciamento, o público procurou e valorizou ainda mais a importância da cultura na sociedade contemporânea. O Novos Talentos este ano, mais do que em qualquer outro, é uma oportunidade para os novos autores portugueses chegaram a uma audiência maior e inspirar os próximos independentemente das dificuldades que ainda venham a existir.
ESCRITA | João Tordo
1. Enquanto jurado que competências mais valorizas nos candidatos?
A capacidade de estruturar uma narrativa, a linguagem e o tom. Quanto mais se “sentir” que o candidato tem uma voz própria – ou o potencial para vir a tê-la -, mais interessante é, para nós, ler aquilo que escreve.
2. Quais são as maiores dificuldades sentidas pelos candidatos?
Julgo que as dificuldades prendem-se com a estrutura e a maneira como rematam as histórias, os contos. Às vezes sentimos que têm potencial, mas parecem inacabados ou pouco trabalhados. Um conto ou uma pequena narrativa precisam de tanto “ofício” como um romance, precisamente por serem pequenas cápsulas de ficção. Noutras vezes, o tema sobrepõe-se à própria história, quando o candidato está muito cioso de mostrar qualquer coisa ou provar uma teoria ou “exibir” capacidades linguísticas, em detrimento do resto.
3. Qual é a maior dificuldade que sentes no papel de jurado?
Por vezes há muitos textos de qualidade idêntica ou semelhante, e torna-se difícil escolher. Debatemos muito essas questões, e temos todos gostos diferentes (e ainda bem), por isso é difícil conciliar opiniões. Mas acabamos sempre por chegar a uma conclusão satisfatória. É um papel difícil, porque são centenas e centenas de concorrentes que dependem de nós; a responsabilidade é grande.
4. Qual a importância destes eventos para a cultura portuguesa especialmente este ano?
Importantíssimos. A cultura e o sector do livro, em particular, levou uma “machadada” enorme com a pandemia e uma quebra de vendas muito forte. Quanto mais se conseguir promover a leitura e a escrita, melhor será para que as novas gerações também se apeguem à ideia do livro como objecto de cultura, entretenimento e sonho.
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