“Uma Traição Necessária” conta a estória de Joan, uma mulher que traiu o país para mudar o mundo. O filme chega aos cinemas no dia 16 de maio.
Filmado em Cambridge e em Londres, “Uma Traição Necessária” é inspirado numa estória real que deixa o público questionar-se se Joan, a personagem principal, tomou a melhor decisão na sua vida. O filme espera que quem o vê queira discutir, ponderar e se sentir à vontade para debater essa questão.
O filme conta a estória de Joan, uma senhora idosa que vive uma vida tranquila nos subúrbios quando, surpreendentemente, é presa pelo MI5 e acusada de traição. Quando é interrogada, lembra-se de eventos da sua vida de quando era estudante – mostrados no filme em flashback.
Em Cambridge, no ano de 1938, envolve-se com um grupo animado e cheio de energia, que formou uma Sociedade Comunista estudantil. Nessa altura, é particularmente atraída por um jovem estudante russo, Leo Galich, que escapou da Rússia para viver na Alemanha e agora do antissemitismo nazista para viver em Inglaterra.
Torna-se muito difícil para Joan gerir o seu envolvimento romântico com o desconfortável sentimento de que Leo está a preparar-se para a atividade do Partido Comunista. Entretanto Joan torna-se a melhor amiga de Sonya, uma colega que transparece ser prima de Leo e uma amiga nada confiável.
É declarada guerra à Alemanha que obriga os amigos de Joan a fugir de Inglaterra.
A protagonista começa a trabalhar num projeto secreto em andamento no famoso Laboratório Cavendish em Cambridge. Impressiona o líder do projeto, o professor Max Davies, que a deixa entrar no segredo – ambos tentam criar uma bomba atómica.
Na sala de interrogatório, a idosa Joan é acompanhada por seu filho, Nick, que está determinado a limpar o nome da mãe. Acusações e negações são negociadas até Joan entrar em colapso. Mas começamos a entender que o colapso se deve não tanto à exaustão, quanto à crescente certeza de que as alegações de que ela se tornou uma espia são verdadeiras.
A estória deixa claro que Joan resiste à pressão dos jovens amigos comunistas para divulgar e trair os segredos do projeto, ao qual ela é agora inteiramente privada. Mas, em comum com muitos dos cientistas que trabalharam no desenvolvimento da bomba na América, no Canadá e na Grã-Bretanha, Joan experimenta a esmagadora vergonha e culpa quando a destruição em massa é desencadeada primeiro em Hiroshima e, dias depois, em Nagasaki.
A personagem fica dividida entre seu amor inegável pelo obsessivo Leo e seu crescente amor pelo líder do projeto, Max. Indecisão que deve ser decidida. Se divulgar segredos (através de Sonya) ao inimigo da Guerra Fria Russa, será uma traidora do seu país. Mas também pode salvar o mundo desta arma horrível que está a ser usada novamente.
“Somos imensamente privilegiados por ter Judi Dench tocando a Joan mais velha; ninguém poderia ser mais substancial e credível como uma mulher que enfrenta um vasto problema moral, um problema humano, político, pessoal e intelectual.”, explica Trevor Nunn, realizador de “Uma Traição Necessária”.
O enredo de “Uma Traição Necessária” conta com a realização de Trevor Nunn e representação dos atores Judi Dench, Sophie Cookson, Tom Hughes, Stephen Campbell Moore e Tereza Srbova.
Segundo o realizador, este filme “envolve encontros sexuais altamente carregados, situações cómicas, perigo físico e espionagem de roer as unhas”.
Vê o trailer deste filme aqui.
[Foto: Divulgação]